poema psicanalítico para crianças grandes
Meu sintoma me persegue,
brinca comigo de gato e rato.
Eu, por certo, sou seu rato.
Tristemente ele é meu gato.
E assim presa neste trato
eu não ato nem desato:
não engato outro contrato
com esse meu sintoma ingrato.
Fico me sentindo um pato
feito de gato e sapato.
Gato, rato, trato, ato!
Como é difícil fazer um ato!
Ato, ato, ato, ato!
Quando é que eu vivo e não me maltrato?
(Clara Cruz)