Poesia e psicanálise

Sabe aqueles sentimentos que preferimos deixar submersos em nossas profundezas?

A psicanálise e a poesia ensinam-nos o que fazer com eles, e conduzem-nos a um belo lugar: não ter medo de sentir, seja lá o que for.

Quando uma pessoa faz análise, aos poucos vai se desprendendo do medo que tem de admitir para si muitas coisas que sente.

E ao ler poesia, livra-se da necessidade de ler algo que faça sentido. Um poema não precisa “querer dizer algo”: se é bonito e nos ajuda a entrar em contato com nossos sentimentos, cumpre sua função.

Trata-se de uma liberdade das formas e das palavras: um poema pode ter o tamanho que quiser (dez páginas ou uma linha); os versos não precisam ser simétricos ou em número fixo; não têm de rimar uns com os outros; não há necessidade de título; não há “certo” e “errado”. Há sentir.

Se o texto trouxer belas cenas à nossa imaginação, e nos fizer sentir o mundo mais de perto, já temos o que precisamos. Poemas reavivam nosso estoque de imagens e emoções. São portas através das quais entramos na maravilha que é o instante.

A poesia e a psicanálise ajudam-nos a ser livres. 

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