sopro

A minha morte não me causa mais medo.
Pois ela já não é
encomendada por alguém
ela é só o meu corpo
querendo descansar.

Deixo então que ela me toque,
curiosa, com seus dedos:
não há medos de acordar,
não há medos de dormir…

Não há mal querendo entrar,
só há mal que quer sair.

Corpo amigo, pra onde fores,
quero ir junto de ti!

 

(Clara Cruz)

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