jardim do Éden
A poesia soltou minha mão.
Não terminou o namoro comigo,
mas pediu-me um tempo…
Indaguei-me se poderia suportá-lo,
esse tempo,
esse susto.
Peguei na mão da poesia.
Mas ela me deixou…
E não adianta me consolar, amor.
Não importa eu estar vivendo um eden garden agora.
As marcas da guerra ainda ardem em mim.
E só, só a poesia
cura essa ferida.
A poesia me acalenta, paixão.
Não queira competir com o que ela pode
e você não.
(Clara Cruz)